Por Contos, Lendas e Fabulas da Àfrica
De alguma forma, As notícias da presença da mercadora da beleza no baile chegaram aos ouvidos da mãe da Fabila, esta vendo a cara da sua filha toda desfigurada, doeu-lhe muito o coração e de imediato contou para a filha a notícia.
- Filha! Não vais acreditar! – Disse a mãe de Fabila toda maravilhada.
- A mercadora da beleza estará hoje no baile filha! Vamos implora-la que te cure as borbulhas e te dê-a um pouco de beleza filha.
Fabila não falava, apenas olhava para sua mãe com um olhar de quem não tem mais o ânimo para viver, ela não se preocupava mais com a sua beleza, o sentimento de culpa do desaparecimento da sua prima ainda a importunava bastante.
- Isso não vai trazer a Júlia de volta mãe – disse Fabila girando a cara
- Sim não vai traze-la de volta filha, mas tu não tens que viver assim para todo o sempre filha.
- Porque não mãe? Porque não posso viver assim? – Disse Júlia gritando e chorando – eu sou um monstro mesmo, incapaz de amar a minha própria irmã. Eu sou um monstro e essa cara vai combinar com as minhas acções monstruosas.
A mãe vendo que a filha se culpava bastante, abraçou ela forte e deixou ela chorar no seu ombro.
Já a noite, as pessoas iam para o baile em massa, no baile via-se pares de namorados por todo canto. Via-se amantes trocando olhares, via-se moças e moços solteiros procurando um amor, nos cantinhos escuros, via-se casais tímidos trocando beijos e os casais mais ousados se beijando em plena luz, sentia-se perfumes de todo tipo, alguns mais adocicados outros mais ásperos outros ainda mais fortes, havia música e muita risada.
Tempo depois, Fabila chega ao baile com a sua mãe, ela usa um véu para tapar a sua cara desfigurada, Fabila e sua mãe sentam num cantinho escuro ali no fim do salão, esperando a chegada da Mercadora.
Duas mulheres conversavam enquanto contemplavam o ambiente, - sabes? Dizem que uma mulher formosa a quem chamam de mercadora se fará presente neste baile – disse uma das mulheres enquanto sacudia os cabelos, - haié? – Respondeu a outra com um ar de surpresa. As mulheres passaram conversando, indo em direcção a mesa.
Fabila e sua mãe ainda esperavam pela mercadora que demorava tanto para chegar.
- Estou cansada mãe, já passam da meia-noite, esta tal mulher não vai aparecer.
- Vamos esperar, sê paciente filha, ela chegará eu tenho certeza.
Enquanto Fabila e mãe discutiam, uma mulher de cabelos curtos gritou lá do fundo – é a mercadora gente, a mercadora chegou, venham vê-la rápido…
- Meu Deus, as fofocas eram verdadeiras, ela é mesmo uma Deusa – dizia um homem espantado com a beleza da mercadora em quanto o champanhe lhe caia da taça.
- Olha para os saltos, são feitos de diamantes, e a pele como é lisa, ela é verdadeiramente uma Deusa.
- Meu Deus! Que mulher é essa?
Ouvia-se murmúrios por todo canto, pessoas admirando a Júlia.
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