A Mercadora da Beleza - Parte IV

Por Contos, Lendas e Fabulas da Àfrica

A imagem pode conter: 1 pessoaCom a formosura e os poderes, Júlia decide voltar e se vingar de todos que um dia a fizeram chorar e se sentir insignificante.
Ansiosa de como faria o mundo e a Fabila pagar pela sua humilhação, Júlia levanta, fica rodando, andando de um lugar para outro imaginando, planejando arquitectando o plano para sua vingança.
- Já sei! – Disse Júlia, com os olhos exalando o fedor do ódio
- Voltarei no próximo baile, no mesmo lugar onde tudo aconteceu, será lá onde eu e a maldita da Fabila acertaremos as contas, será lá onde farei ela pagar os seus pecados.
 O baile de vestido curto e branco era feito uma vez por ano no mês de Dezembro.
Enquanto Júlia esperava o próximo baile, ela ia de cidade a cidade oferecendo e tirando beleza a muita gente, lançando a sua fama, uns a conheciam como a Mercadora da beleza, outros a Deusa da Beleza há quem diga que ela era a própria Afrodite
A fama da Júlia espalhou-se por toda a parte as cidades campos e vilas, aqueles que a viram diziam nunca ter visto tanta perfeição tanta formosura em uma só mulher.
Enquanto a fama da Júlia ascendia e ela arquitectava como executaria a sua prima, Fabila enlouquecia dia após dia com o desaparecimento da julia, o sentimento de culpa e as lembranças da inocência da Júlia a deixavam ensandecendo.
- Onde estarás Júlia? – Fabila se interrogava com um olhar triste,
- Foi tudo culpa minha, tu que nunca me fizeste nenhum mal, como pude ser tão cruel? Como pude ser tão infernal meu Deus, se algo aconteceu com a Júlia, eu juro que nunca vou me perdoar.
Dias se passaram e viraram semanas, semanas, meses e o baile do vestido branco e curto se aproximava, quanto mais o baile se aproximava mais Júlia se via ansiosa para castigar a sua prima.
Faltando uma semana para o baile, Júlia mandou espalhar a notícia de que ela se faria presente neste baile e lá presentearia beleza aos necessitados desta.
Júlia, toda formosa passeava no seu jardim, as borboletas seguiam-na atraídas pelo seu cheiro e sua beleza.
Enquanto contemplava o jardim, a ideia de como faria a Fabila se aproximar e suplicar por ela ainda prevalecia ardente no seu coração.
- Já sei! – Disse Fabila com um ar de quem encontrara um plano perfeito.
- Vou tirar a beleza dela e deixa-la deformada, desse jeito ela virá a até mim implorar um pedaço de formosura, será exactamente nesse momento em que ela conhecerá a minha raiva, vou fazer ela reverenciar e beijar os meus pés, vou envergonha-la e faze-la sentir o sabor do desprezo, do desamor e da rejeição. Conhecerá na pele o sabor amargo do desamor. 

Fonte: Contos, Lendas e Fabulas da Àfrica- https://www.facebook.com/Contosafricanos333/

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