Por Contos, Lendas e Fabulas da Àfrica
Naquela praia deserta onde não se ouvia nenhuma voz humana se não a canção ardente das ondas, e o sussurrar do vento frio da solidão, Júlia estava só, sozinha neste mundo enorme. Ela rebolava nas areias e gritava feito louca olhando para o céu. Como se no céu estivesse alguém responsável pela sua desgraça sorte.
Júlia com os olhos vermelhos cansados de chorar, cambaleou até a uma caverna distante da praia, subiu ao alto de uma pedra e pensou – na minha vida nunca houve flores, foi tudo tristeza e dor, chegou a hora de acabar com esse sofrimento não me resta nada nesse mundo.
Júlia fechou os olhos e se lançou do alto do penhasco, não se ouviu nenhum grito de aflição reverberando enquanto Júlia caia, o silêncio era igual com o da selva, quando passa o mais letal dos predadores a selva fica calma, nenhuma formiga se mexe até a predador se ver a mil milhas dali.
Na madrugada ao primeiro canto do galo, como de habitual uma velha solitária que ali morava, foi a caverna consultar os espíritos, quando de repente avistou um corpo na entrada da caverna.
- Meu Deus! O que é isso? – Suspirou a velha
- É um corpo, um corpo de uma mulher. – A velha falava enquanto se aproximava
- Será que foi devorada por feras? Não, o corpo esta limpo não foi dilacerado…
A velha se aproxima analisando o corpo daquela mulher, não avia no corpo manchas de sangue, então a velha pegou os pulsos da mulher para ver se ainda avia vida nela. Aos primeiros dez segundos a velha não sentiu o pulsar das veias.
- Será que esta morta? – A velha se interrogou enquanto manteve os dedos no pulso, depois de 20 segundos, a velha sentiu de longe um pulsar tão fraco.
- Meu Deus esta viva! – Admirou a velha.
A velha arrastou o corpo da Júlia até a sua casa, cuidou ela com porções e ervas Africanas.
Já a noite Júlia acorda, a velha estava ao céu lado, Júlia assustada pergunta quem era a velha, a velha com calma conta-lhe como tudo aconteceu. Júlia então se lembra e fica chorando. A velha vendo o chorar amargo da Júlia, pergunta o porque daquela mágoa, então Júlia conta a velha o que lhe sucedera na vida toda, a velha sabendo da história se compadece da moça e decide oferecer-lhe um presente.
Quando Júlia adormece, a velha envolve ela numa cápsula com gases e encantos e suas porções mágicas antigas, Júlia recebe da cápsula um poder tão almejado, ela renasce da cápsula uma Deusa da Beleza, ela se tornou formosa e com uma pele brilhante e sem pelos, com o poder de tirar e de dar a beleza.
Júlia vendo que estava formosa, brilhante e que possuía um poder tão invejado disse:
- Vou voltar e lembrar ao mundo e a Fabila que não esqueci da sua insolência, todos agora conhecerão a minha fúria.
Fonte: Contos, Lendas e Fabulas da Àfrica- https://www.facebook.com/Contosafricanos333/
NÃO PERCA PARTE IV
Comments
Post a Comment